Preparação

Não sei bem o que escrever. É incrível como fiquei paralisada de medo nessa reta final. Tudo o que eu penso é trágico: que algo pode dar errado. Aconteceram tantas coisas desde o chá de cozinha. E uma das que mais me marcou foi o vestido. Eu tinha recebido de presente a promessa do aluguel de um vestido de noiva. Isso aconteceu mais ou menos em Abril, então, estava crente que no mês do meu casamento ou quem sabe antes eu estaria com o meu vestido em mãos. Um vestido de noiva é uma coisa muito séria. Não é brincadeira não. Deve ser procurado meses antes e você tem que ter certeza que aquele é o certo pra você. Tem que escolher aquele que lhe favorece, que deixa você a pessoa mais bonita da festa. Afinal, é a sua noite. Só sua!
Pois é, quando os dias foram se aproximando, a promessa já não estava mais lá. A menina simplesmente disse que só poderia ir até a cidade dela na semana do meu casamento. Minha gente, como é que pode?! No final ela nem falou nada a respeito do vestido e ficou caladinha. Ainda não encontrei com ela depois disso, mas o que me deixou mais irada foi a massada que ela deu. Dizia que ia ligar para marcarmos e não ligava, não atendia aos meus telefonemas e foi tão covarde ao ponto de colocar uma mensagem no meu orkut, dizendo que não poderia ir. Engraçado é que enviar mensagens ela pode, mas atender ao telefone, não. Até hoje ela não me ligou. Enfim...
O bom é que há pessoas boas no mundo dispostas a ajudar. Fui tentar o aluguel, maaaaaaaaaaas, os vestidos custam R$ 1.300 e o mais baratinho R$ 800,00. Como não tinha me programado antes, fica difícil dizer alakazan e esse dinheiro aparecer. Por isso, resolvi mesmo arriscar e aceitar a oferta de Ana, que mesmo atolada de vestidos e trabalho, se prontificou a fazer o meu vestido de noiva. Não tenho medo dela não saber costurar, eu tenho medo é de o modelo que a gente escolheu não ficar bem em mim. O modelo é este aí de cima. Eu sei, totalmente bonito. Mas eu sou larga! Essa mulher é perfeita. Além do mais, eu odeio tomara-que-caia - tenho agonia! Estamos pensando em colocar uma renda por cima, formando um ombro único. Essa inovação, ao invés de me tranquilizar, me deixa mais insegura. Aff!
Tomara que tudo isso passe, porque eu não aguento mais a espera. Quero ver meu apartamento, quero levar minhas coisinhas que já estão chegando, quero colocar meu fogãozinho lindo e arrumar meus pratinhos. Quero poder ficar inteiramente com Felipe sem nenhuma restrição, sem ter medo de abraçá-lo ou beijá-lo.
Ainda não sei onde vou fazer meu cabelo, não sei o que vou fazer nele, não sei onde vamos passar a lua de mel. Não sei de nada. O pior é que toda essa indefinição me deixa comendo feito uma louca. Aquele mês todo regradinho que tive não é mais uma realidade agora. Eu comi doces, comi massa que não é integral e ainda tomei uns dois copos de coca-cola. :( Muito envergonhada. Sou consciente que tenho de parar de descontar meus problemas na comida. Se eu não tivesse me descontrolado, nem faltado à academia pra resolver as coisas do casamento, meu corpo estaria muiiiiiiito, infinitamente melhor. Talvez eu tivesse perdido a metade dessa barriga e desse culote. Assim, não tem vestido que fique bom.
Enfim, amanhã vou comprar os tecidos e a renda do vestido. Vou tentar ver um sapatinho branco bonito. Tava pensando em casar com um sapato de outra cor, pra poder usar depois. Ai, ai, coisinha complicada essa. Mas mesmo com todos os problemas, algo me diz que eu vou sentir falta desse stress.
Beijo em quem me lê.
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